Inclusão Produtiva
De acordo com Ministério do Desenvolvimento Social, a inclusão produtiva é um conceito que pressupõe a articulação de ações e programas que favorecem a inserção no mundo do trabalho por meio do emprego formal, do empreendedorismo ou de empreendimentos da economia solidária. Juntamente com a qualificação socioprofissional, a implementação de programas de inclusão produtiva assume um papel essencial frente a crise econômica e de desemprego que enfrentamos atualmente.
Histórico do Cenário do Desemprego
Conforme boletim informativo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no fim de 2014, a interrupção da geração de empregos formais em regime CLT e a explosão do desemprego marcam definitivamente a chegada da crise ao mercado de trabalho. Com alguma defasagem, o número de desalentados passa a crescer no fim de 2015, refletindo o aumento do número daqueles que abandonam as tentativas de obter posições no mercado de trabalho. O crescimento do número de desocupados, desalentados e inativos implica que um contingente expressivo passa a não ter qualquer rendimento do trabalho. Em 2017, as perdas no setor formal se estancam e o mercado informal passa a se expandir rapidamente, amortecendo em parte os efeitos mais perversos da crise.
E Agora, com todos os impactos que a pandemia do corona vírus causaram e ainda causam tende a agravar a situação do desemprego.
Políticas Públicas para minimizar as taxas de desemprego
No âmbito federal, em novembro de 2019 foi instituída a política pública denominada Estratégia Nacional de Qualificação para a Produtividade e o Emprego, cuja finalidade é articular órgãos e entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, do setor privado e da sociedade civil na promoção da qualificação profissional para o aumento da produtividade e da empregabilidade.
- Desenvolver e integrar programas de qualificação profissional com vistas ao aumento da empregabilidade e da produtividade;
- Desenvolver programas de qualificação de acordo com as demandas do setor produtivo com foco em novas tecnologias;
- Promover ações de qualificação que auxiliem a recolocação do trabalhador desempregado no mercado de trabalho;
- Promover ações de requalificação profissional de trabalhadores empregados;
- Estimular e promover cursos de formação socioemocional complementares à formação profissional;
- Estimular a participação do setor produtivo no fluxo da política de qualificação profissional;
- Estimular e promover a aplicação de metodologias inovadoras de qualificação profissional desenvolvidas pelo setor privado, pela sociedade civil e pelos entes federativos, com alto impacto na produtividade e na empregabilidade;
- Contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País;
- Promover e articular iniciativas destinadas ao desenvolvimento do capital humano nacional com vistas ao aumento da produtividade e da empregabilidade; e
- Fomentar mecanismos contínuos de avaliação de impacto, de estudos e de pesquisas das políticas de qualificação profissional.
Programa de Qualificação Socioprofissional do Instituto Alce
Nossos projetos relativos ao Programa de Qualificação Socioprofissional possuem uma interdependência entre a qualificação propriamente dita para o mundo do trabalho, com a certificação de escolaridade. Essa prática visa o progresso nos estudos e a apropriação de conteúdos elementares para que os jovens e adultos busquem o acesso ao nível superior. É preciso criar um ambiente para que os estudantes almejem cada vez mais a busca incessante pelo conhecimento.
Sob essa perspectiva, a educação e a qualificação socioprofissional inserem-se como pilares fundamentais para minimizar as taxas de desemprego. Nós do Instituto Alce, acreditamos que formações qualificadas para jovens e adultos, especialmente para aqueles que detêm menores chances de obterem uma vaga no mercado de trabalho formal, seja um caminho viável para a prática da inclusão produtiva.
Conforme a Secretaria Especial do Desenvolvimento Social/Ministério da Cidadania, a inclusão produtiva urbana articula ações e programas que favorecem a inserção no mundo do trabalho por meio do emprego formal, do empreendedorismo ou de empreendimentos da Economia Solidária. Reúne iniciativas de apoio a microempreendedores e a cooperativas de economia solidária, bem como de oferta de qualificação profissional e intermediação de mão de obra que visam à colocação dos beneficiários em postos de emprego formal. O ingresso no mundo do trabalho também pode ser realizada na perspectiva do empreendedorismo. Nessa linha, os alunos são preparados e estimulados a ampliar e fortalecer os pequenos negócios, organizando-se como Microempreendedores Individuais (MEI). Os esforços de inclusão produtiva urbana via Economia Solidária compreendem ações de estímulo à criação de empreendimentos autogestionários, com assistência técnica e apoio à comercialização de seus produtos e serviços.
Diante desse cenário, nossos projetos se apresentam como forma de integrar os alunos com vistas a promoção de cidadania, a partir de espaços de valorização da vida e estímulo às práticas da Economia Solidária. Fundamentamos nossa proposta pedagógica para que jovens e adultos reativem e resgatem os processos de integração e reinserção sócio profissional, alimentados por uma escolarização que promova a socialização e o relacionamento interpessoal. Nesse contexto, os jovens e adultos em situação de vulnerabilidade do ponto de vista econômico e social, entregues as diversas adversidades, como a discriminação social e o desemprego de longa duração, poderão refletir acerca das suas condições e, a partir desse entendimento, compreenderem a própria história e tornarem-se sujeitos protagonistas de uma nova trajetória exitosa de vida.
A preparação para o trabalho não é meramente preparação para o emprego, nem se reduz à busca da empregabilidade. É necessário desenvolver a compreensão do mundo do trabalho e a capacidade de entender, intervir e participar ativamente num mundo em rápida transformação científica e tecnológica.
O Instituto Alce não despreza os aspecto humanos e solidários que devem permear toda relação no âmbito profissional. A qualificação socioprofissional não pode estar dissociada do contexto social em que se deve considerar a responsabilidade socioambiental dos indivíduos, empresas e comunidade.
Parcerias
Podemos viabilizar um projeto socioeducacional que vise a recolocação profissional e a qualificação para o mercado de trabalho. Entre em contato para parcerias.
Nenhuma transformação social pode triunfar se não for precedida de uma revolução nas mentes e nos corações.