Dia da ONU

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Dia da ONU

No dia 24 de outubro foi celebrado o Dia das Nações Unidas, mas, será que nós temos motivos para comemorar?…

Vamos falar sobre alguns acordos mundiais:

O Acordo de Paris foi estabelecido durante a COP-21 (21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). Compromisso internacional, firmado entre 195 países, com a meta de combater a crise climática. A meta principal é deixar o aumento da temperatura abaixo dos 2º C, (o ideal seria manter em até 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais). Todos os países participantes tinham como dever definir estratégias para reduzir as suas emissões de gases, responsáveis pelo efeito estufa e pelo aumento da temperatura do planeta terra.

Nesse ano de 2022, teremos a COP-27 (27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas) que será realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, e tem como tema as Mudanças Climáticas do mundo inteiro. As definições de COP-26, que ocorreu em Glasgow, na Escócia, tiveram como base o Acordo de Paris. Além do combate às mudanças climáticas, devem respeitar, promover e considerar questões dos Direitos Humanos, direito dos povos indígenas, migrantes, crianças, comunidades locais, pessoas com deficiência, em situação de vulnerabilidade, igualdade de gênero, empoderamento das mulheres, igualdade intergeracional, direito à saúde e ao desenvolvimento. 

A emissão de alguns gases tem contribuído para o efeito estufa e o aquecimento global. Isso acontece devido à queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás) de uso industrial, geração de energia elétrica, atividades agrícolas, transporte urbano, desmatamento de florestas tropicais. Isso gera graves impactos na biodiversidade, na água, nos oceanos, na produção de alimentos e em eventos naturais graves.

As principais metas definidas pelo Governo brasileiro:

  • Uso de tecnologias limpas em indústrias;
  • Aumento do uso de fontes alternativas de energia;
  • Aumento na participação das bioenergias sustentáveis na matriz energética brasileira para 18% até o ano de 2030.
  • Redução do desmatamento;
  • Reflorestamento e restauração de até 12 milhões de hectares;
  • Aprimoramento da infraestrutura dos transportes.
  • Em Glasgow, o governo brasileiro se comprometeu em zerar o desmatamento ilegal na Amazonia, de forma progressiva, com reduções de 15% ao ano até 2024; 40% ao ano em 2025 e 2026; 50% ao ano em 2027 e em 2028, zerar o desmatamento ilegal na região.

Apesar das metas ambiciosas do Brasil, de janeiro até 21 de outubro de 2022, o desmatamento na Amazônia Legal (engloba 59% do território brasileiro, no qual fazem parte: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão) foi de 9.277 km², sendo considerada a pior marca anual do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

A Organização das Nações Unidas publicou um relatório no dia 27 de outubro, sobre os compromissos climáticos acordados entre os países signatários do Acordo de Paris.

O relatório aponta que os impactos negativos das mudanças climáticas estão cada vez mais intensos e que as propostas divulgadas pelos governos para reduzir a emissão dos gases de feito estufa são insuficientes para evitar problemas catastróficos do aquecimento global. Estima-se que se os países seguirem com as suas metas climáticas, as emissões dos gases de efeito estufa vai aumentar em torno de 10,6% até 2030, em comparação com os níveis de 2010. A previsão é que a temperatura global aumente em 2,5ºC, visto como desastroso pelos cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Mas, o aquecimento global pode ficar limitado em 1,5ºC  acima das temperaturas pré-industriais, caso a redução nas emissões até 2030 seja de 43%. Esses impactos negativos trazem dor e miséria para milhões de pessoas no mundo inteiro.

A ciência diz que não precisamos apenas manter os nossos compromissos, mas, precisamos fazer mais. Demonstrar mais ambição e agir mais rápido e de forma mais decisiva. Nessa COP-27, os governos devem dobrar seus esforços e ouvir as milhões de pessoas que pedem por respostas urgentes à emergência climática. Os países devem direcionar seu desenvolvimento para um caminho verde de baixo carbono, e não ultrapassar os 2ºC no aumento da temperatura global.” Ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry

Por isso, é tão importante que os líderes mundiais sigam pelo caminho da transformação, que foi iniciado em Paris, e se esforcem para evitar uma catástrofe climática, pois de acordo com Inger Andersen, responsável pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente nós “já estamos em uma emergência climática” ela também reforça que “somente uma transformação radical de nossas economias e sociedades pode nos salvar de acelerar o desastre climático”.

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