História de Superação: Andrey Milan

História de Superação: Andrey Milan
Atualizado em: 21/06/2024

História de Superação: Andrey Milan

Resiliência em acordes

Hoje vamos compartilhar a inspiradora história de superação do vocalista da banda Os13, Andrey Milan. Desde criança Andrey já ouvia Queen, Bob Marley, Beatles, Janis Joplin, Elvis Presley, Roberto Carlos, Nenhum de Nós e percebeu suas habilidades como compositor no ensino fundamental, em 2001, quando escreveu uma música que falava sobre guerra, após o atentado terrorista às torres gêmeas em 11 de setembro. 
A vida lhe trouxe duros desafios, a dolorosa perda de sua mãe para o câncer e a sua própria luta contra um câncer de garganta há 3 anos atrás. Mas ele nunca desistiu de seus sonhos, sempre com muita paixão e determinação.
Andrey é uma pessoa que inspira muitas pessoas, com sua resiliência, força, garra, generosidade, alegria e paixão pela música. Agora, vamos descobrir um pouco mais sobre a sua jornada e como ele enfrentou suas dificuldades e seguiu em frente.

 

Saiba mais sobre Qualidade de Vida

Renata Pereira: Como a música entrou na sua vida? Foi desde a infância? Você tinha algum músico, banda ou estilo musical que te inspirava?

Andrey Milan: Minhas primeiras lembranças com a música são de quando ia viajar com os meus pais e meus irmãos para acampar quando tinha uns 3 ou 4 anos de idade e no carro rolava Queen, Bob Marley, Beatles, Janis Joplin, Elvis, Roberto Carlos, Nenhum de Nós… pode parecer clichê, mas era a época dos reis da música e eles ouviam muito isso!

RP: Quando você percebeu que a música era mais do que um hobby? Em que momento decidiu trabalhar com música?

AM: Quando estava no ensino fundamental escrevi uma música que falava sobre guerra logo após o atentado terrorista de 2001 e mostrei para a minha professora de português na época e ela gostou tanto que me pediu para apresentar para a diretora da escola e ela por sua vez pediu para tocar para todos os alunos indo de sala em sala, pois é rs, essa foi minha primeira turnê indo tocar nas 23 salas com uma média de 40 alunos em cada sala e depois disso os elogios e o carinho da galera toda com o meu som resolvi montar uma banda!

RP: Como você faz a união de artistas ou pessoas que te inspiram em seu trabalho como músico?

AM: A união rola mesmo nas minhas playlists rs, pois quando vou compor dificilmente me inspiro em uma música, elas nascem de uma letra que escrevo, algum sentimento que eu queira transmitir, algum conselho pra galera poder viver mais tranquila… esse tipo de coisa. É claro que nos sons que fazemos tem o DNA de vários artistas e acredito que isso seja natural, pois toda música nova é neta de outros músicos e outras bandas que os inspiraram a fazer música!

RP: Como você encontrou forças para seguir em frente em meio a dor de perder a sua mãe? Você acha que a música te ajudou?

AM: A força que consegui foi através do esforço que minha mãe sempre fez pra nunca me deixar desistir de nada e me apoiar em tudo então não poderia desistir depois que ela partiu. 
Com certeza a música me ajudou, pois a música é meu sentido por aqui, é como me sinto útil e verdadeiro, é o que me faz acreditar que todo esse trabalho não é em vão, é a minha essência e sem a minha essência não conseguiria ter me levantado desse momento tão pesado.

RP: Há alguns anos você enfrentou um câncer de garganta. Por ser vocalista de uma banda de rock, como foi essa experiência? Você também acha que a música pode ter te ajudado?

AM: Essa realmente é uma parte à parte na minha vida rs, eu vivi em outro plano rs… 
Pode parecer coisa de maluco e talvez seja mesmo, mas eu não pensava em nada disso estava em um processo de cura gigantesco eu só enfrentei e agradeci, faz 3 anos e até hoje só consigo pensar que eu tinha que passar por aquilo e ainda há muito a ser feito!

RP: Essa experiência te transformou de alguma forma? Você usou isso em suas composições?

AM: Com certeza, a ser muito mais atento com a minha saúde, a valorizar algumas coisas que até então passavam despercebidas e que teria que pegar mais pesado comigo mesmo pra conseguir realizar algumas coisas que gostaria de ter feito. 
Quanto a música não, pois a gente já vinha falando sobre esse tema que é enfrentar as paradas na vida, pra mim foi meio que ouvir os próprios conselhos, tipo isso rs… O que eu canto é garra, fé e coragem e no final das contas foi isso e muito amor.

RP: A música pode ser considerada como um refúgio em meio às dificuldades?

AM: Com toda certeza, música é companheira até quando se está sozinho, é a força que precisa quando se está quase perdendo, é o ombro amigo quando se precisa chorar, é a energia que te falta pra poder prosseguir e é passe livre pra dançar quando quiser curtir!

RP: Você acha que pessoas que enfrentam dificuldades, podem encontrar um conforto na música?

AM: Sim, por todos os motivos da resposta anterior e algumas coisinhas a mais.

RP: Qual a mensagem que você busca passar com a sua música?

AM: Que o bem sempre vai vencer no final, sabe quando você assiste um filme e algo no seu inconsciente te diz que nada de mal vai acontecer, pois o mocinho sempre vence, é meio que essa ideia que queremos passar saca? De que, por maior que seja a dificuldade, sempre existe um caminho!

RP: Qual o momento mais marcante que você passou?

AM: Olha vou tomar a liberdade de citar 3 rs e todos momentos bons. 
Não poderia deixar de citar o show em Rio Preto onde tocamos pra dezenas de milhares de pessoas e mandamos muito bem e isso foi um sentimento de dever comprido muito grande.
Quando uma pessoa nos encontrou em frente a rádio uma vez pra agradecer pela música “Pés no chão” que a ajudou a sair de um momento muito difícil na sua vida.
Quando larguei a faculdade após 1 mês que eu tinha começado, pois naquele momento que rolou o “all win” e minhas cartas são a música e continuo jogando!

RP: Que conselho você daria para as pessoas que estão começando na carreira musical?

AM: Infelizmente o conselho é: estude marketing e redes sociais com a mesma gana que estuda música, pois o mercado hoje é muito diferente de quando comecei a gostar de música e essa transição pro digital veio bem quando decidi trabalhar com música e com certeza foi o que mais me prejudicou.

RP: Pode falar um pouco sobre a atuação da banda Os13 com projetos sociais?

AM: O que a gente faz é tentar retribuir a arte que nos foi emprestada tentando ajudar quem precisa de uma força, sem glamour a parada é fazer nossa parte!

Artigo produzido por:

Renata Pereira

Coordenadora de Comunicação e Marketing

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *