Mas, afinal, o que é Moda Circular?
De acordo com o site E-commerce Brasil, a moda é o segmento de produtos que mais cresce no país. Todos os dias, milhares de peças são comercializadas tanto em lojas físicas, quanto em lojas online. Mas, o que isso representa, afinal?
Pensando em uma economia linear, teríamos, de forma bem resumida, um esquema de produção baseado na geração de matéria-prima (tecidos, aviamentos, etc), na confecção das peças e na comercialização dos produtos. A grande questão é: o que acontece depois?
A moda depois da compra
Se você já fez compras online certamente passou pela fase de se maravilhar quando o correio finalmente entrega seus pacotes. Abrimos nossas encomendas, sentimos o cheirinho de roupa nova, guardamos as peças no armário e… usamos menos do que poderíamos. Quando pensamos em compras nas lojas físicas, esse processo é ainda mais rápido.
Como resultado, dia após dia temos um excedente de peças que serão pouco usadas e, muitas vezes, podem parar em aterros sanitários. É aí que entra a moda circular!
Ciclo sem fim
O objetivo da moda circular é aumentar o ciclo de vida dos produtos, além de reduzir os “lixos têxteis” e, consequentemente, o impacto ambiental. Nesse sentido, existem várias iniciativas que fazem parte dessa economia, como, por exemplo, os brechós e centros de reciclagem.
Quando repassamos roupas para os brechós, nós damos início a etapa de REUTILIZAÇÃO. Aquela jaqueta que ficou 2 anos parada no seu armário, agora pode conhecer as ruas da cidade no corpo de outra pessoa. O Instituto Alce faz a diferença através de nosso Brechó Solidário, que vende peças a preços populares a fim de arrecadar recursos para financiarmos nossos projetos.
Durante esse processo, alguns estabelecimentos optam por REPARAR possíveis danos das peças. Eles podem ser manchas, rasgos, defeitos nas costuras e outras avarias que tornam os produtos menos atrativos para o consumidor convencional. Dessa forma, conseguimos recolocar aquela peça no mercado e gerar impactos positivos para o meio ambiente. Por isso, a existência de brechós é super necessária e precisa ser valorizada.
Contudo, nem todas as roupas que chegam ali são possíveis de serem ajustadas. Algumas já sofreram muito com a ação do tempo e a forma de uso dos antigos donos. Nesse sentido, precisamos pensar em RECICLAR!
A moda recicla
A criatividade humana não tem limites, e não seria diferente no mundo da moda. Uma das formas mais populares de reciclagem (ou aproveitamento) é o patchwork. Quem nunca viu a colcha de retalhos da vovó, ou, então ecobags de supermercado com padrões coloridos? Esses são apenas alguns exemplos de reciclagem têxtil, mas não para por aí.
Nos últimos anos, o upcycling tem ganhado muita força. Essa prática consiste em reaproveitar materiais que seriam considerados lixo. Exemplo disso é a marca Regressa, que produz bolsas, cintos e carteiras feitas a partir de câmaras de pneus, colchões infláveis e outros materiais que a designer da marca encontra no lixo.
Mudança de consciência
Promover uma economia circular não quer dizer apenas que devemos reutilizar, reparar e reciclar objetos. Antes de tudo, é preciso pensar em todo o ciclo de vida das peças e o poder de destruição que nossos descartes podem causar.
Por isso, é de suma importância que, cada vez mais, nós tenhamos consciência. É preciso pensar para onde vai aquela calça que não uso mais, que destino terá meus 75 pares de meias e o que vou fazer com todas as roupas que comprei para ir nas festas juninas.
O primeiro passo para a mudança é a auto-avaliação. Quais roupas estão estagnadas no seu armário? Quantas peças estão paradas? O que você não gosta mais? Quais tecidos foram usados na fabricação das suas roupas? Os materiais dessas peças são de origem animal? Eles causam danos ambientais?
Caso queira, você pode doar suas roupas para o Instituto Alce. Dessa forma, você financia indiretamente nossos projetos sociais e ainda colabora para uma economia mais circular e sustentável.
Seja a mudança que a moda precisa! Reflita! Reuse! Recicle! E se não for usar, doe!